A Hiperacusia é uma sensibilidade auditiva extrema que pode causar muito desconforto e impactar a qualidade de vida.
Pessoas com Hiperacusia têm dificuldades em tolerar ruídos que a maioria considera normais ou banais, podendo experienciar desconforto ou dor devido a sons do quotidiano.
É importante, por isso, saber como esta sensibilidade se manifesta e explorar as opções de tratamento e medidas preventivas para tratar este transtorno auditivo e melhorar o dia a dia.
Este é o tipo mais comum de Hiperacusia, onde há uma sensibilidade ao som que faz com que a perceção do volume seja muito maior do que para uma pessoa saudável. Geralmente, essa sensibilidade está associada a distorções de determinados volumes e/ou frequências.
O período sintomático pode ser de semanas ou prolongar-se por mais tempo. Em casos mais severos, pode durar anos e tornar-se permanente.
A sensibilidade excessiva poderá não ser igual nos dois ouvidos.
Noutros casos, a Hiperacusia é acompanhada de uma dor, o que configura outro nome a esta condição: Noxacusia.
Neste caso, a dor resulta de sons específicos e dá-se mediante determinados volumes ou frequências.
Pode ser imediata ou como uma dor progressiva, persistindo por longos períodos após a exposição aos sons. Aqui, a dor pode ser aguda ou crónica.
Podem ter diversas causas:
A Misofonia é caracterizada pela intolerância a sons específicos e, geralmente, repetitivos (por exemplo, cliques de aparelhos ou mastigação), evocando reações emocionais negativas.
Quem tem Misofonia pode apresentar grandes níveis de irritabilidade.
A Fonofobia é um transtorno caracterizado por sensações de medo ou raiva em relação a alguns sons. Diferente da Hiperacusia e da Misofonia, a Fonofobia não provoca dor física, mas causa sensações emocionais negativas.
Um dos exames fundamentais é o audiograma, que é semelhante a um audiograma normal, mas inclui a medição do nível de som desconfortável mais baixo, chamado de Nível de Desconforto de Volume (LDL). Em pacientes com Hiperacusia, esse nível é consideravelmente mais baixo do que em indivíduos normais e geralmente abrange a maior parte do espetro auditivo.
Além disso, o audiologista poderá realizar outros testes específicos, como audiometria tonal e vocal, ressonância magnética das orelhas internas, etc. Com base nos resultados desses testes, o audiologista pode confirmar o diagnóstico de Hiperacusia e estabelecer um plano de tratamento adequado.
O tratamento da Hiperacusia geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo terapia sonora e aconselhamento psicológico. A terapia sonora com ruído branco é habitualmente recomendada para restabelecer a tolerância ao som, muitas vezes combinada com terapia cognitivo-comportamental (TCC).
A prevenção da Hiperacusia é fundamental para evitar o desenvolvimento dessa condição auditiva. Algumas medidas importantes incluem:
Além da Hiperacusia, existem outros distúrbios relacionados com a sensibilidade auditiva, como são o caso da Fonofobia e da Misofonia.