De acordo com a Direção Geral do Ambiente, mais de 60% da população portuguesa vive com níveis de ruído acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 55 decibéis, e quase 20% está mesmo exposta a barulho incomodativo (mais de 65 decibéis) de forma frequente, com um forte impacto para a saúde, em especial a auditiva.
O ruído em excesso - ou poluição sonora - é um grave problema que afeta toda a população, em especial a que vive nas grandes cidades.
O ruído tem um forte impacto na nossa saúde, podendo causar graves problemas tanto a nível físico, como também psicológico e até social. Os problemas de saúde e grau de incidência dependem da fonte, intensidade e tempo de exposição ao ruído, mas os problemas cardiovasculares, o stresse e depressão e a perda auditiva são os mais comuns.
O trauma acústico é a principal causa de perda auditiva irreversível nos jovens e adultos em Portugal, levando a uma situação definitiva e, como tal, irreversível. É, por isso, muito importante ter atenção à poluição sonora a que estamos expostos diariamente porque, a longo prazo, pode ter consequências muito negativas para a nossa audição.
Em Portugal, o cenário da perda auditiva não é animador. Portugal tem registado, nos últimos anos, um aumento dos níveis de ruído, fazendo com que, no seu dia-a-dia, cerca de 5 milhões de portugueses se encontrem expostos a elevados níveis de ruído.
Entre a população mais afetada encontramos os jovens, devido sobretudo à utilização generalizada e frequente de auscultadores e leitores de música portáteis e a permanência em locais de divertimento com elevados níveis de ruído estão a fazer com que cada vez mais jovens apresentem problemas de audição. De facto, são cada vez mais frequentes os jovens que apresentam perda auditiva geralmente encontrada em adultos com mais de 60 anos de idade. A exposição ao ruído faz com que estejamos a ficar surdos mais cedo e, dentro de alguns anos, poderemos ter um verdadeiro problema de saúde pública em mãos.